HOMENAGEM
No dia 21 de junho de 2004 se interrompia a trajetória de um grande líder, de discurso forte, formador de teses e de opiniões que dividiam as pessoas em dois grupos, os que o amavam e os que o odiavam. Não havia meio termo com ele. Nunca foi um homem de meio termo. Tinha posições. E não se deixava levar pela corrente das opiniões dos outros, o que em alguns casos, era um defeito. Mas não dá para deixar de considerar que marcou toda uma época. Levantou um estado inteiro (e o País) contra a ignomia de um golpe de estado em gestação, quando de um microfone da Radio Guaiba nos porões, acuartelado no Palácio Piratini, conclamou o povo gaúcho a defender a democracia e não permitir que se concretasse o golpe contra seu cunhado e Vice-Presidente Jango.
Morre à 7 anos o homem, mas sobrevive o mito. O mesmo homem-mito que foi chamado de Caudilho, que deixou uma marca indelével na política brasileira, e que a vida brasileira se divide de antes e depois dele, como fora com Getúlio Vargas. O homem que foi proibido de assumir seu maior sonho, que era a Presidência do país que ele tanto amou e pelo qual doou a sua vida, em detrimento de sua própria família. Mas mito tem família??? Ele sabia que o povo precisava dele, de sua orientação, de sua proteção. Precisava falar por eles, já que eles não tem voz. Precisava brigar por eles, contra o imperialismo econômico-escravizante, representado pelo capital espoliativo e voltado para a acumulação de riqueza e não para gerar uma condição mínima e digna de vida para nossa gente mais humilde.
Nossa homenagem a este gaúcho que deixou o mundo mas passou para a história (como fez Getúlio). Ainda está para ser estudada a verdadeira e profunda importância deste ícone da política lation-americana na história de nosso país.
Uma coisa é certa, porém, NUNCA MAIS a política deste País foi a mesma. Nem com o Lula.
Texto de Luis Genaro L. Figoli/ Presidente da Executiva do PDT de Palmares do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário